"He has lighted the spark which is resulting in a moral uprising and will end only when the whole sorry mess of twisted, warped thinkers are swept from the national scene so that we may have a new birth of honesty and decency in government."
Joseph McCarthy, Wheeling, West Virginia, 9 Fevereiro, 1950
"Na fase a que nós chegamos, com o nível de promiscuidade que nós temos, nomeadamente no Parlamento, eu acho que neste momento teríamos que ter um situação de exclusividade absoluta. Enfim, quando isto limpasse um pouco poder-se-ia voltar a um regime mais favorável"
Paulo Morais, TVI24, 17 Setembro 2012
Paulo Morais é um sintoma. Sintoma de uma doença que se instalou na nossa vida pública. Doença que leva à calúnia sem provas, à acusação de crimes sem qualquer condenação ter existido e à indignação por a justiça não decidir como se acha que devia decidir. Os doentes sentem-se mais capazes de decidir sobre a culpa dos outros que magistrados e juízes.
Paulo Morais é um fanático. Ele é o guardião da Ética e está numa cruzada para moralizar a política portuguesa. O estado de direito e presunção da inocência são empecilhos perante a necessidade de livrar o país daqueles que Paulo Morais considera ímpios.
Paulo Morais é um narcísico. Criou uma "ONG" para servir de trampolim para as suas ambições políticas. Brande índices e barómetros como se fossem prova irrefutável de que Portugal é uma espécie de Nápoles, dominada por máfias. Quem o ouve parece que não somos um país que fez em 37 anos avanços incontestáveis na saúde, educação e em todos os outros índices de qualidade de vida.
Paulo Morais é ignorante. Desconhece o conceito de medidas preventivas e o funcionamento do mercado imobiliário. Mas não se coíbe de garantir que existem "lucros criminosos". Desconhece o reduzido impacto orçamental actual das PPP, o impacto que têm no investimento em Portugal decisões unilaterais sobre contratos do Estado. Não entende a função das comissões parlamentares, acusando deputados de fiscalizar quando não fiscalizam e de fazerem "negócios" quando não têm qualquer intervenção nas privatizações que refere.
E ninguém se insurge. Todos acham normais - até corajoso, pasme-se - processos de intenção sobre tudo e todos sem consequências.
Vivemos o McCarthismo em Portugal.
"Para vencer, meio passo é acreditar, o outro meio é querer! Se todos quisermos, juntos conseguimos."
Duarte Marques, deputado, Presidente da JSD
Os Optimistas Inconscientes são gente perigosa.
Estão em todo o lado: no comentário televisivo, nas colunas de opinião, no parlamento, no "Portugal Positivo", nas confederações e sindicatos.
Os Optimistas Inconscientes acreditam no futuro. Vivem na ilusão que podem controlar e planear o presente para criarem os amanhãs que cantam.
Os Optimistas Inconscientes não aceitam a realidade como ela é. Desejam soluções pois a mudança é sempre positiva.
Os Optimistas Inconscientes dizem-nos todos os dias que somos os melhores do mundo. Mesmo quando claramente não somos.
Os Optimistas Inconscientes acreditam no Euro, por que o Euro é bom e moderno.
Os Optimistas Inconscientes acreditam nos grandes movimentos de massas - Yes, we can - mesmo depois do falhanço do Socialismo
Os Optimistas Inconscientes acreditam nos Estados Unidos da Europa, porque a Europa só pode andar para a frente.
"Parar para pensar" e "conservar o que temos" não faz parte do dicionário dos Optimistas Inconscientes.
Os Optimistas Inconscientes quando confrontados com a catástrofe aparente entram em pânico e tornam-se Pessimistas Inconscientes: O excesso de população. Os vários fins da Era do Petróleo. O Aquecimento Global. O fim do Capitalismo.
Os Optimistas Inconscientes são gente perigosa.